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Diga “não” ao idadismo

“Nascer é uma possibilidade. Viver é um risco. Envelhecer é um privilégio” (Mario Quintana).

Você já presenciou ou vivenciou alguma situação onde um idoso é negligenciado, alvo de chacota ou tratado com intolerância? Essas atitudes, entre tantas outras que afetam negativamente os mais maduros, têm um nome: idadismo, etarismo ou ageísmo, que significam preconceito e discriminação contra os mais velhos. Refletir sobre maturidade saudável é uma necessidade premente. Só no Brasil, são cerca de 34 milhões de idosos e, segundo dados da ONU, a proporção de pessoas acima de 60 anos no mundo tende a duplicar nas próximas décadas, alcançando a marca de 2 bilhões até 2050. Razão suficiente para que esses estereótipos sejam revistos com carinho e atenção.

O idadismo pode ser observado em diversos contextos da sociedade.

– No trânsito: “vai pra casa jogar carteado, vovô”;
– no ambiente de trabalho: “ele é lerdo pra entender as novas tecnologias, não vai ter boa produtividade”;
no lazer: “a senhora acha que tem condições de viajar sozinha?”;
– nas compras: “esse vestido é pra gente mais jovem. Tem certeza que quer levar?”;
– nos relacionamentos: “a senhorinha ficou viúva e já arrumou um namorado!”;
– no cabeleireiro: “cabelo longo não combina com pessoa idosa. Vamos cortar?”.

Pode parecer estranho, mas não raro a própria pessoa age com preconceito contra si mesma: “eu não gosto de revelar a minha idade”; ou “estou gorda e flácida e não quero frequentar a piscina”, por exemplo.

Outras inúmeras situações identificam o idadismo. No âmbito familiar, é triste constatar a falta de solidariedade dos mais jovens no convívio com os seus idosos. Na idade avançada, é comum a dificuldade de locomoção e perda auditiva, gerando impaciência, desrespeito e a sensação de que o parente é um “fardo”.

Ao sofrer esse tipo de discriminação e desprezo, a pessoa idosa tende a se isolar e desencadear sérias doenças físicas e psicológicas. Depressão, demência, baixa imunidade, baixa autoestima, estresse, ansiedade, falta de apetite, distúrbio do sono são algumas patologias que não devem passar despercebidas e demandam cuidados urgentes.

Em contrapartida, é hora de “girar o dial”, mudar de canal e ver que há luz no fim do túnel. Felizmente, a geração prateada vem fazendo uma enorme revolução quando o assunto é longevidade saudável, mobilizando-se cada vez mais para mostrar o outro lado desse cenário e provar que envelhecer bem e permanecer ativo e com autonomia é totalmente possível. Decisão que depende de cada um.

Apenas para ilustrar, já teve a oportunidade de assistir a uma aula de Dança de Salão? É de “cair o queixo” ver casais com mais 60 anos arrasando no samba de gafieira, com toda a agilidade de pernas e braços que o ritmo imprime.

Nos dias de hoje, o idoso independente e em boas condições de saúde pode viver sozinho tranquilamente, em sua casa, valendo-se dos recursos da teleassistência, se desejar.

Por isso, dance, cante, viaje, fotografe, namore, faça cursos, aprenda a tocar algum instrumento musical, assuma os cabelos brancos ou coloridos, longos ou curtos, tenha tatuagem (por que não?), use acessórios… o importante é sentir-se bem e ser feliz. Tenha orgulho da experiência e das histórias de vida que os anos trouxeram e que só enriquecem. E tenha a certeza de que, parafraseando o poeta Mario Quintana, “envelhecer é um privilégio”.

 

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Angélica Soller

Angélica Soller

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