A perda involuntária de urina, mais conhecida como incontinência urinária, é um problema que geralmente ocorre após os 50 anos, quando se observa uma maior flacidez do assoalho pélvico e a diminuição do vigor muscular, muito comum com o avanço da idade. Embora a doença acometa os dois sexos, na mulher costuma ser mais frequente, seja no período de gestação, no pós-parto ou na menopausa. Nos homens, uma das causas é a hiperplasia prostática (quando o aumento da próstata pressiona a bexiga). E há também o fator obesidade que influi nesse contexto, por conta do peso que o abdome exerce sobre a bexiga, dificultando o controle do xixi.
Quando os músculos pélvicos estão enfraquecidos, o simples ato de tossir, espirrar, gargalhar, agachar, levantar e pegar peso já é suficiente para que o indivíduo não consiga “segurar” o escape de urina, situação essa que se torna, na maioria das vezes, bastante constrangedora.
Felizmente, os movimentos de contração e relaxamento do assoalho pélvico, ensinados nas sessões de fisioterapia, têm se mostrado muito eficazes para o fortalecimento desses músculos. O fisioterapeuta Carlos Wilheim, especializado em Geriatria e com mestrado em Gerontologia, agrega mais de 20 anos de experiência na área de musculação terapêutica e é ele quem dá as dicas de alguns exercícios para a incontinência urinária, que podem ser feitos em casa. Acompanhe:
– Deitado (a), com a perna estendida, coloque um travesseiro sob a cabeça e outro abaixo dos tornozelos. Pressione o tornozelo sobre o travesseiro, comprimindo-o. De olhos fechados, comprima o ânus e a vagina. Nos homens, pressione levemente o pênis com as mãos e faça contração.
– Ainda deitado (a), dobre os joelhos e faça um movimento de báscula de quadril (movimento de inclinação da pelve) elevando o púbis e, em seguida, arrebitando o bumbum.
– Exercício da Ponte: deitado (a), com os joelhos flexionados, contraia o ânus junto com o pênis ou vagina. Em seguida, eleve o quadril, ao mesmo tempo em que pressiona o travesseiro entre os joelhos.
– Ao fazer xixi, interrompa algumas vezes o fluxo (faz um pouco, segura e solta). Esse movimento trabalha o músculo que precisa ser fortalecido.
Durante os exercícios, o ideal é manter a contração dos músculos por 5 segundos, relaxar e repetir a série 10 vezes, pelo menos 3 vezes por dia.
Para as mulheres, existem ainda estímulos elétricos que favorecem a contração do períneo. Há também outros recursos na fisioterapia uroginecológica que consistem na introdução de bolinhas ou cones vaginais, onde a mulher empurra esses acessórios para fora e assim, estimula a musculatura local.
De acordo com o fisioterapeuta, é muito importante evitar o sedentarismo. Na academia, outros exercícios podem ser feitos para enrijecer a musculatura da pelve, como o agachamento, leg press, abdutores e adutores (músculos externos e internos da coxa), abdominais baixos, pilates, além de atividades aeróbicas (natação, caminhadas, tênis), que também desenvolvem a resistência do assoalho pélvico.
Outras dicas importantes para quem convive com a incontinência urinária: beba água em pequenos goles e evite ingerir líquido até 2 horas antes de dormir. E, se usar absorvente, escolha o modelo apropriado para a quantidade de escape e troque-o frequentemente a fim de se precaver de eventuais infecções.
Os atendimentos na Clínica Carlos Wilheim são individuais ou para casais, com 2 sessões semanais e a opção de ser em domicílio.
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