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Síndrome do Crepúsculo, fenômeno comum nos quadros de demência

Síndrome do Crepúsculo ou Síndrome do Por do Sol. O nome pode soar um tanto estranho, ao se referir à beleza do entardecer. No entanto, é um fato muito comum em idosos diagnosticados com problemas neurológicos, como demência, doença de Alzheimer, entre outras. Assim que o dia começa a escurecer, essas pessoas se tornam mais agitadas e querem “voltar pra casa”, pois não reconhecem mais o seu espaço, ficam nervosas e sem rumo. Nessas horas, os familiares e cuidadores precisam ter muita paciência, calma e delicadeza para lidar com a situação, que costuma acontece com muita frequência.

Às vezes, dar uma caminhada pela vizinhança, já é uma forma de tranquilizar a pessoa. Mas, é possível também que a inquietação e a confusão mental se prolonguem pela noite afora, dificultando o sono.
 
De acordo com artigo publicado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, as causas dessa síndrome não são bem compreendidas. Uma possibilidade é que as alterações cerebrais relacionadas com Alzheimer possam afetar o “relógio biológico”, levando a ciclos confusos de sono-vigília. Cansaço, fome, sede, depressão e dor também podem desencadear esse tipo de irritabilidade, e, não raro, a pessoa se torna agressiva.
 
Para lidar com pacientes que apresentam a síndrome do crepúsculo, é importante seguir algumas orientações:
 
– Acenda as luzes e mantenha a pessoa em ambiente silencioso e com poucas pessoas ao redor;
– Evite alterações na rotina (horário de dormir e de acordar, hora do banho, do almoço, do lanche e do jantar) para não confundir ainda mais o estado mental do idoso;
– Procure distraí-la com programas de TV que sejam leves (desenho animado, canais religiosos, músicas);
– Leve-a para uma caminhada e vá interagindo com o lugar, mostrando as casas, as árvores para que ela se distraia com outros assuntos;
– Faça com que ela tire uma soneca curta durante o dia, para não interferir no sono noturno;
– Evite dar café e refrigerante no final do dia, pois são bebidas estimulantes e podem afetar a qualidade do sono;

– Não planeje muitas atividades durante o dia para não estressá-la. 


Se ainda assim o problema persistir, procure ajuda médica para identificar as causas da agitação e para a prescrição de medicamentos sedativos, evitando o esgotamento físico e emocional tanto de quem cuida como do próprio paciente.

Ressalta-se que investir no bem-estar da pessoa idos portadora de alguma demência reflete diretamente na melhoria da qualidade de vida de seus familiares e no desempenho de seus cuidadores em sua rotina profissional.
 

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Angélica Soller

Angélica Soller

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