LUTO… falar sobre ele é tão difícil, tão doloroso e tão particular…mas o fato é que ele existe…e dói, paralisa, adoece o corpo, enfraquece, tira o foco e as forças e acomete a todos em algum momento.
Embora todos nós sabemos que “tudo tem um fim”, os relacionamentos, os projetos, os sonhos, os caminhos e principalmente a vida, a finitude é algo que nos parece ser muito distante.
Em algumas situações, como em caso de doenças, relacionamentos tumultuados, carreira profissional, enfim, em tantos outros exemplos que surgem para mudar o rumo, eles já estão nos conduzindo para um LUTO ao qual não nos atentamos.
E quando ele chega, de verdade, com a finitude já anunciada anteriormente mas que se concretiza no “último” suspiro ou na “última” tomada de decisão, percebemos que não estamos preparados para a despedida. Por isso, perdemos o chão por alguns dias.
Então, o que fazer?
– ENLUTAR-SE sem resistir, parar, chorar, silenciar, entristecer, respeitar a dor, ainda que para as pessoas ao seu redor esta dor não se justifique, mas ela é sua e só você sabe o tamanho dela.
– No seu tempo, ABRACE-SE, ACARINHE-SE e, no seu tempo, revivendo as memórias e lembranças, vai se dando conta de que no caminho, no meio, é onde está a força para levantar.
É onde o vínculo foi construído
É aí que está a felicidade que deixou saudade.
– O início, foi o encontro, mas ficou no passado; a finitude foi o encerramento, a partida. Mas o MEIO, esse foi o presente que construiu o vínculo, a história e as lembranças.
O MEIO é a jornada, o período mais longo, de mais AMOR. É aquele que justifica o início e o fim.
É onde está a luz de todos os encontros, os momentos de vida em abundância.
Eu, no meu tempo, me lembrei de acender esta luz e o meu coração, hoje, está começando a se iluminar.
E assim, a dor vai dando lugar à saudade e à gratidão.
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Margarete Moro, consteladora.
@margarete.consteladora