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Setembro Amarelo: um olhar cuidadoso para a saúde mental

“Se precisar, peça ajuda” é o lema de 2025 para o Setembro Amarelo, mês em que se intensificam as campanhas voltadas à saúde mental, ao autocuidado e à prevenção do suicídio. Essa mobilização nacional, encabeçada pela Associação Brasileira de Psiquiatria em parceria com o Conselho Federal de Medicina, alerta para a importância de buscar ajuda, abrindo espaço para o diálogo diante de um tema cercado de tabus.

Especificamente para a população idosa, há diversas causas que podem motivar doenças mentais, afetando a qualidade de vida e consequentemente a longevidade saudável. A depressão é uma delas, desencadeada por vários fatores: falecimento do cônjuge, de parentes e amigos próximos, aposentadoria, doenças físicas, perda da autonomia e sensação de ser um fardo para a família, pensamentos sobre morte entre outros.  Situações como essas podem levar a pessoa idosa ao isolamento e a uma tristeza tão profunda e persistente e, não raro, culminar na decisão de tirar a própria vida. Nessas horas, o mote da campanha do Setembro Amarelo  “Se precisar, peça ajuda”, precisa soar mais forte do que nunca.

“Às vezes o idoso procura falar com alguém mas não encontra abertura; as pessoas acham a conversa cansativa”, relata a Dra. Gabriella Maróstica, médica atuante na psiquiatria integrativa e nutrologia.  E diz mais: “Na era digital, mesmo estando conectado e trocando mensagens, ele continua isolado socialmente, sem a presença física do outro”.

De acordo com as explicações da doutora, essa angustia pode trazer outros problemas de saúde, como alterações de humor, no padrão de sono (dorme muito ou pouco) perda de interesse em atividades antes prazerosas, falta de apetite ou alimentação inadequada, indisposição para atividades físicas e recreativas, negligência no autocuidado e uma baixa energia generalizada.

Uma das questões levantadas foi se a depressão pode causar câncer. “A depressão por si só, não. Porém o indivíduo sob um estresse prolongado associado a uma doença mental, terá o seu organismo inflamado cronicamente e essa condição compromete o bom funcionamento de seu sistema imunológico, aumentando as chances de contrair um câncer”, esclarece a doutora. Por isso, familiares e cuidadores devem estar muito atentos a esse cenário que cerca a pessoa idosa e,  urgentemente procurar auxílio especializado, a fim de que o quadro não se agrave.

Sob o ponto de vista nutricional, a Dra. Gabriella explica que a alimentação tem forte impacto nos episódios depressivos. Na Terceira Idade,  o organismo já envelhecido apresenta digestão mais lenta, mostra-se intolerante a determinados alimentos – como a carne vermelha – necessita da ingestão de fibras para o bom funcionamento do intestino e nesse contexto, a suplementação de vitaminas, proteínas e minerais torna-se quase que uma exigência. Apenas para exemplificar, a carência da vitamina B12 pode levar a pessoa idosa ao adoecimento físico e posteriormente mental, propiciando, inclusive, a depressão. Ao repor esse complemento na dosagem adequada, o corpo tende a responder bem e se estabilizar, muitas vezes sem a necessidade de usar medicamentos psiquiátricos.

“O paciente idoso precisa ser tratado por um profissional que centralize esse cuidado sobre ele, que  tenha um olhar integrativo e o enxergue como um todo, seja um geriatra, um médico de família ou um especialista”, recomenda a doutora. Com o acompanhamento médico periódico, aliado a uma farmacologia apropriada e à mudança no estilo de vida é possível romper esse processo depressivo.

Programar passeios, atividades lúdicas, prática de exercícios físicos de acordo com suas limitações, terapia ocupacional, sessões de psicoterapia, trabalho voluntário, voltar a exercer alguma profissão, ter um hobby, ser tutor de pet, cuidar do jardim… enfim, ter um propósito para sair da cama todos os dias, para fazer qualquer atividade, já é transformador. Se ainda assim a depressão insistir em permanecer, deixe o preconceito de lado e peça ajuda. Todos merecem ser feliz!

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Angélica Soller

Angélica Soller

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