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Atribuições de um Cuidador de Idoso: o que ele faz e o que não deve fazer

O cuidador de idoso é aquele profissional que se dedica a cuidar da pessoa idosa, com mobilidade reduzida ou necessidades especiais. Carinho, atenção, conhecimento técnico, delicadeza no trato e empatia são requisitos fundamentais que devem nortear sua atuação no ambiente familiar, tendo em vista o bem-estar da pessoa assistida. No entanto, muitas famílias ainda não entendem as reais atribuições desses profissionais e, não raro, solicitam deles outras atividades alheias ao seu trabalho, desviando a sua atenção.

“Falta a conscientização de que os cuidadores pertecem à área da saúde e bem-estar e não do setor de serviços domésticos. Essa mistura de funções  sobrecarrega e desvaloriza todo o aprendizado, estudo, tempo e investimento”, justifica Aline Fontana, gerontóloga  e coordenadora da equipe da Filha & Cia.

São atribuições do Cuidador de Idoso:

– cuidar da higiene pessoal e aparência da pessoa idosa (dar banho, trocar fralda, ajudar a escovar os dentes, hidratar a pele, cortar as unhas etc.);

– ministrar a medicação prescrita pelo médico conforme recomendado;

– dar as refeições em horários regulares, ajudando o idoso a se alimentar (quando ele não come sozinho), observar se está bem alimentado e ficar atento para eventuais engasgos, muito comuns na idade avançada;

– hidratar, oferecendo copos de água várias vezes ao dia. É comum a pessoa idosa não sentir tanta sede e a desidratação é causa de sérios problemas de saúde;

– entreter o idoso, saindo para passeios curtos (se for possível), expor ao sol pela manhã (importante para sintetizar a Vitamina D),  ver fotografias e revistas, fazer trabalhos manuais, assistir programas de TV que sejam leves e não contenham violência  etc.;

– zelar para que o ambiente da casa seja organizado, limpo e livre de impedimentos que possam causar acidentes pelo caminho (tapetes, móveis);

– estimular as funções cerebrais, quando há condições da pessoa fazer sozinha (pentear o cabelo, ler, escrever, rezar, cantar, cuidar do jardim, aguar as plantas etc.);

– estar atento às mudanças físicas e comportamentais do idoso. Muitas vezes, dependendo do grau de complexidade apresentada, a pessoa não consegue verbalizar o que sente. Por isso é fundamental prestar atenção em alguns sinais: falta de apetite, muita sede (sintoma do diabetes descompensado), intestino preso, inchaços, cor da urina, febre, qualidade do sono (se está dormindo muito ou pouco), agitação, agressividade etc.;

– em caso de emergência, interceder, se necessário, prestando os primeiros socorros (os procedimentos médicos, no entanto, só devem ser realizados por profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros);

– relatar com frequência aos familiares ou responsáveis pelo idoso as atividades desenvolvidas, as percepções do dia a dia e qualquer eventual anomalia observada na sua rotina.

Há, porém, outras demandas que frequentemente são solicitadas pelos familiares e que  não fazem parte das tarefas do cuidador. As mais comuns são:

– cozinhar e lavar a louça da família;

– lavar a roupa da pessoa atendida à mão (as roupas devem ser lavadas à máquina).

– servir as visitas do paciente;

– realizar faxina na residência, limpar vidros e outros afazeres domésticos;

– pagar contas ou resolver assuntos não condizentes ao cuidado;

– passear com o pet.

Na opinião de Aline Fontana, é importante ter um julgamento sensato e humano diante de cada contexto: “Logicamente se a pessoa atendida mora sozinha, claro que vamos cuidar de suas compras no supermercado e farmácia, principalmente com as facilidades dos aplicativos de entrega que utilizamos nos dias de hoje”, pondera a gerontóloga.

Ter esse tipo de discernimento faz toda a diferença  na condução do trabalho de um cuidador de idoso, mostrando a sua responsabilidade, o domínio de suas funções  e,  principalmente  o bom senso em lidar com situações que merecem diálogo franco e transparente para não afetar as relações envolvidas.

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Angélica Soller

Angélica Soller

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